Livros que toda a gente anda a ler e que dificilmente irão passar pelas minhas mãos #2
Este primeiro livro de poemas de Matilde Campilho tem sido falado imensas vezes desde o seu lançamento, em 2014, pela Tinta da China, e as críticas literárias que li por aí pintavam sempre este livro de poesia (em verso e prosa), escrito num português de dupla grafia (luso-brasileiro), como algo raro e precioso, experimental e magnífico (e mais alguns adjectivos dos quais não me consigo recordar agora). Ora, eu não sei se é de mim, mas algo como
Era capaz de atravessar a cidade em bicicleta só para te ver dançar.
E isso
Diz muito sobre minha caixa torácica.
não me chama minimamente. Gostava muito de vir a gostar deste livro, mas quer-me parecer que será dinheiro mal empregue. Mas isto devo ser eu que sei muito pouco de literatura, já que Portugal e Brasil andam maravilhados com a Matilde.
Saio discretamente, protegendo-me de um potencial apedrejamento.