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Deixem o Indie em Paz

Melhores livros de 2015

Parece que anda toda a gente a fazer balanços de 2015, pelo que também me vou chegar à frente, neste caso com os meus livros preferidos deste ano (embora ainda não tenha terminado as minhas leituras, faltam-me dois ou três). Ora bem (por ordem cronológica):

 

Logicomix de Apostolos Doxiadis, Christos H. Papadimitriou, Alecos Papadatos, Annie Di Donna 

Odisseia de Homero

Calvin & Hobbes de Bill Watterson (Há Monstros Debaixo da Cama?, Plácidos Domingos e Viva o Alasca!)

As Crónicas de Gelo e Fogo (Vol 1, 2, 4, 5, 6, 9 e 10) de George R. R. Martin 

Franny e Zooey de J. D. Salinger

Servidões de Herberto Helder

A Amiga Genial (Vol 1, 2 e 3) de Elena Ferrante

A Cor do Hibisco de Chimamanda Ngozi Adichie

 

Muitos foram os que dei quatro estrelas, mas que não me arrebataram por completo e, agora que olho para esta lista, tirando a banda desenhada e As Crónicas de Gelo e Fogo, foram muito poucos os livros a que dei cinco estrelas.

Estou desconfiada de que A Campânula de Vidro irá também fazer parte desta lista.

 

Começar bem o dia

Estava eu descansada a abrir A Campânula de Vidro, de Sylvia Plath, que requisitei há uns dias na biblioteca (uma edição de 1988), quando me deparo com isto.

 

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O meu coração quase parou de felicidade. Duvido que seja uma assinatura falsificada. O mais provavel é este livro ter sido doado por Herberto Helder às Bibliotecas Municipais de Cascais e, por sorte, foi parar à que tenho ido ultimamente. 

 

Biblioteca #1

Fiquei muito satisfeita com os primeiros livros que requisitei na biblioteca e já estou a pensar na próxima visita. Sim, nunca tinha requisitado livros na biblioteca, para além dos de estudo, mas já remediei isso. Agora quero ler dois ou três livros que tenho em casa e depois passo novamente na biblioteca para trazer mais alguns, lá para Dezembro.

Em relação a João Tordo (li O Livro dos Homens sem Luz, o primeiro livro seu a ser publicado, em 2004), não fiquei completamente fã, embora tenha gostado muito de algumas partes deste livro. Quero ler mais alguns livros dele, por ordem cronológica, para perceber a sua evolução como escritor, pode ser que acabe por ler todos.

Parti completamente à descoberta de Rui Zink, sem qualquer expectativa, e foi uma das grandes surpresas de 2015. Li A instalação do medo e adorei. Quero ler tudo dele, urgentemente.

 

Em falta na estante #37

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Quando andei a ler sobre as novidades literárias, na revista LER mais recente, um dos livros que mais me chamou a atenção foi este Departamento de Especulações.

Entretanto, fui encontrando por aí mais referências ao livro, o que, juntando ao meu interesse inicial, ao tema do livro e ao facto de ser escrito por uma mulher, me deixou a pensar "tenho de ler isto imediatamente".

 

Departamento de Especulações

Jenny Offill

2015

Relógio D'Água

 

Coisas que me irritam

Quando acabo de ler um livro, a pontuação que lhe atribuo é sempre influenciada pelas leituras mais recentes. É impossível que não seja. Por exemplo, se tiver dado recentemente cinco estrelas a algum livro, só consigo dar cinco estrelas ao livro que acabei de ler se tiver gostado tanto (ou mais). Se estiver há muito tempo a dar três estrelas a livros, de repente, sou capaz de dar cinco ao que acabei de ler, quando provavelmente valeria umas quatro, só porque andava num marasmo de livros medíocres e este tirou-me de lá.

É-me muito difícil classificar livros. Mesmo. Depende do que li antes, depende da disposição com que o li, depende de tanta coisa. E depois quando um dia lemos um livro que consideramos o melhor de sempre, lhe damos cinco estrelas e ficamos com vontade de descer muitos a que demos cinco para quatro e muitos a que demos quatro para três, como é que se faz? É um ciclo infinito e eu tento, enfim, resignar-me. Gostava de ser mais metódica na classificação daquilo que leio, menos sentimental, mais objectiva. A ver se faço disso um objectivo para 2016.

 

Eu e os planos, os planos e eu

Como já esperava, os meus planos para as leituras nos três últimos meses do ano estão-me a sair todos furados. Culpa minha, claro. Já estive mais ralada com isso, para ser sincera. Vou ler o que me apetecer e se me apetecer ler vários livros da Ferrante em três ou quatro meses, com outros à mistura, vou lê-los e pronto.

Entretanto, não resisti, e comprei Flores, de Afonso Cruz, que pretendo despachar rapidamente (estou a gostar muito). Tinha nos meus planos ler Jane Eyre muito em breve, mas acho que não estou na fase indicada para tal. Quando acabar os dois que estou a ler neste momento, vou ler as primeiras páginas e avaliar se é para prosseguir ou não. Estou numa fase em que me apetece ler mil coisas diferentes ao mesmo tempo e comprar mil livros, mas tempo, que é bom, nem vê-lo. Como vou ter quatro dias de férias no início de Novembro, vou tentar aproveitar para ler muito nesses dias, mas sem pressão.

Todos os dias passo os olhos pela minha estante e, para além de pensar que preciso de uma nova urgentemente, vou somando títulos à lista de urgentes. Quero ler tudo. Se pudesse passava o resto dos meus dias a ler a tempo inteiro. Quando é que isso passa a profissão?

 

Granta - Noite

Olhando para os autores, fico com algumas dúvidas. A Granta já me fez gostar de autores que nunca pensei vir a gostar, trouxe surpresas e desilusões. Vou só terminar o quarto volume da família Melrose (Edward St. Aubyn, estás tão lá) e vamos lá ver o que vai ser esta Granta.