Como já tinha planeado, voltei à FLL para uma última visita, na quinta-feira, último dia de Hora H. Tinha alguns livros em mente, mas tive de optar por deixar vários livros para o próximo ano. Não vale a pena comprar tudo agora, não é? Para o ano a Feira do Livro de Lisboa estará lá, no mesmo sítio de sempre, com óptimos preços e descontos. Custou-me deixar os Contos Completos, da Lydia Davis, na Relógio D'Água, e A Segunda Guerra Mundial, de Martin Gilbert, na Leya, ambos a metade do preço, mas teve de ser.
A estante ficou quase lotada com estas últimas aquisições, especialmente ali com As Benevolentes.
Mais do que o dinheiro, as minhas duas estantes CHEIAS. Já cabem muito poucos livros. Começo a ficar com o coração apertado, já que uma nova estante implica reorganização da sala e tal. Não sei se será possível para já. No mundo perfeito, teria um quarto com as paredes forradas de estantes, o que daria para comprar muitos (tantos!) livros sem preocupação com o espaço.
Depois do dia 14 de Junho vou ter de me impedir de voltar a comprar livros e obrigar-me a ler os muitos e muitos livros que ainda tenho para ler. O ideal era só voltar a comprar livros na próxima FLL. Tenho tanta graça.
A minha segunda visita à Feira do Livro de Lisboa foi na quarta-feira, já estava praticamente de noite. Andei a escolher os livros que queria comprar na Hora H do grupo Porto Editora e perto das 22h a fila começou logo a formar-se (tanta gente!). Comprei quatro livros da Quetzal, Três Tristes Tigres (Guillermo Cabrera Infante), A Literatura Nazi nas Américas (Roberto Bolaño), O Rebate (J. Rentes de Carvalho), Franny E Zooey (J. D. Salinger), e um da Sextante, A grande arte (Rubem Fonseca), três com 50% e dois com 70% de desconto. O do Bolaño custou três euros, foi o livro mais barato que comprei até agora. Depois fomos comprar o Correios, do Bukowski, na Antígona, a metade do preço, que ele já leu e eu não (e nenhum de nós o tinha). A paragem seguinte foi na Relógio D’Água, onde ficámos uns bons vinte minutos a ver livros a cinco euros. Comprei o Literatura e Fantasma (Javier Marías), Contos de Aleksandr Púchkin (quero muito lê-lo, já que é, por muitos, considerado o pai da literatura russa) e Autores, Editores e Leitores (Francisco Vale). Depois foi a vez de dar um salto ao espaço da Leya, que não tinha visitado na primeira ida à FLL, onde todos os livros com mais de 18 meses estavam com 50% de desconto durante a Hora H. Espectacular. Comprei o Se Isto é Um Homem (Primo Levi), a reedição de Maio de 2015 (pensei que não estivesse incluído na Hora H, mas fui confirmar na mesma e estava, quase dei pulos de felicidade, já que não havia a edição anterior da Teorema – esta é da Dom Quixote e mais bonita, apesar de ser bastante fiel à outra, tem relevos na capa, etc. e tal), e o No Meu Peito Não Cabem Pássaros (Nuno Camarneiro). Por fim, já eram quase 23h quando chegámos à Tinta-da-China, que também não tinha visitado da primeira vez. Os Escritores (Também) Têm Coisas a Dizer não estava incluído na Hora H, por isso trouxe só O Lugar do Morto (José Eduardo Agualusa), que custou cinco euros. Foram onze livros por cerca de 64€, o que dá uma média de 5,80€ por livro.
Eu sei que tinha dito que não ia voltar a ir à FLL para não gastar mais dinheiro e tal, mas fiquei tão entusiasmada com estas segundas compras que me apetece imenso lá ir outra vez, novamente para aproveitar a Hora H e, provavelmente, para ir buscar um livro à Alfaguara que deixei lá desta vez porque a senhora da banca tinha o multibanco a carregar não sei onde e não me apeteceu lá voltar para o comprar.
Queria também agradecer à Cláudia que me enviou O Homem Que Confundiu a Mulher com Um Chapéu (que não está aqui na foto, porque ainda não o tinha recebido) e pelas dicas sobre o Literatura e Fantasma, Autores, Leitores e Autores e O Lugar do Morto. São livros dos quais nunca havia ouvido falar, mas que fiquei super curiosa em lê-los depois de ela ter mostrado as suas compras na FLL.
Este fim-de-semana fiz uma visita (a primeira) relâmpago à Feira do Livro. Estava muita gente e muito calor. Eu estava cansada, mas havia livros que queria mesmo comprar no domingo, além disso tinha de ir buscar uns que me tinham feito o favor de comprar no sábado. Não percorri nem metade do recinto, não comi nada, fui cirurgicamente aos pavilhões e stands em que queria MESMO comprar e em menos de uma hora despachei a coisa. Foi o suficiente para trazer isto tudo para casa.
Durante esta semana quero voltar a lá ir, provavelmente amanhã ao fim do dia, para ver tudo com calma, sem empurrões, nem milhares de pessoas à frente das bancas a tapar a visão, sem esperar muito para pagar e, mais importante que tudo, para aproveitar a Hora H (neste caso, o mais provável é esperar muito para pagar, mas não importa), que já fiquei com alguns debaixo de olho. No próximo fim-de-semana não vou estar em Lisboa, por isso quero deixar as compras todas feitas. Na última semana da Feira, resta-me não meter lá os pés. A carteira agradece.